segunda-feira, 28 de abril de 2008

NOVAS TENDÊNCIAS - As 50 melhores "shockvertisements"



Shockvertisements - trata-se de uma estratégia comunicacional que visa envolver o interlocutor pela extrema agressividade e impacto, geralmente utilizada como advertência do poder público perante grandes problemas sociais... mas não só isso.
A fotografia mostra um anúncio da campanha francesa de combate à aids, desenvolvida pela TBWA daquele país.

A TrendHunter Magazine elencou um ranking de 50 melhores exemplos de campanhas do gênero dos últimos tempos. Brasil está no meio.

terça-feira, 22 de abril de 2008

Jean-Paul Jacob e o futuro próximo nas perspectivas da cybercultura.


Tomei a liberdade de reproduzir aqui matéria publicada no site http://www.offline.com.br/ a qual nos fala do trabalho do Prof. Dr. Jean Paul Jacob. Apesar do nome franco-hebraico, trata-se de um brasileiro de 71 anos que consegue conciliar a genialidade acadêmica de um professor da Universidade da Califórnia - Berkeley, com a pujança profissional atuando no centro de pesquisas da IBM na cidade de Almadén, no Vale do Silício.


Formado pelo ITA com duplo PHD em Matemática e Eletrônica, é uma lenda viva que tornou-se conhecido nos últimos 50 anos por suas previsibilidades tecnológicas que anteciparam o futuro em pelo menos dez anos, por exemplo, utilizando um protótipo do telefone celular muito antes dele se tornar meio de comunicação de massa, ou ainda antecipando o surgimento dos computadores portáteis, câmeras digitais e eletrodomésticos inteligentes ainda na década de 80.


Uma dica que ele dá aos interessados no estudo da cybercultura é que a bola da vez se encontra na utilização do conhecimento dos usuários da web, canalizando-os paa objetivos específicos conforme a necessidade em cogitação, dominando as mais variadas ferramentas da web 2.0 como os blogs, wiki e outros canais onde ambos os interlocutores experimentam alto grau de interatividade. Imaginem, por exemplo, o quanto poderia revolucionar o mercado o aprofundamento de canais cada vez mais amplos e personalizados onde cada consumidor pudesse ser ouvido na medida em que fosse obtendo respostas às suas dúvidas e desejos.


Ainda o fenômeno do long tail se faz presente no desenvolvimento tecnológico na medida em que os produtos estão sendo pensados de forma a explorar os nichos de consumidores definidos, e cada vez mais aprofundando esta tendência, uma vez que os projetos que se transformam em produtos ou serviços não abordam simplesmente uma identidade simbólica, por exemplo, grifes que exploram uma determinada temática, mas em função da interatividade pode envolver-se e sentir o consumidor, apurando cada vez mais suas ferramentas de pesquisa, compreendendo o que se passa na cabeça de quem compra determinado produto ou serviço antes da compra, durante o consumo e momento posterior.


Neste sentido ele nos dá um exemplo muito bem plausível: a Wikipédia desbancou totalmente a Enciclopédia Encarta da Microsoft e a WordBook da IBM.

Divritam-se... e aproveitem as idéias do Prof. Jacob.


Douglas Gregorio::

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O relatório de 2008, editado pelo NMC: The New Media Consortium, com a participação de Jean Paulo Jacob (veja entrevista com o guru na OFFLINE nº 1), traz as cinco tecnologias que prometem transformar a educação nos próximos anos. Vale conferir.


Vídeos em massa.

Virtualmente qualquer um pode capturar, editar e compartilhar vídeos curtos, utilizando equipamentos baratos (como telefones celulares) e softwares gratuitos ou de baixo custo. Os sites de compartilhamento de vídeo continuam a crescer em taxas prodigiosas na Internet; é muito comum encontrar clipes noticiosos, tutoriais e vídeos informativos, ao lado de musicais e produções caseiras de cunho pessoal, que dominam o conteúdo desses sites desde seu surgimento. O que costumava ser difícil e caro, e freqüentemente requisitava servidores e redes de distribuição de conteúdos especiais, agora se tornou algo que qualquer um pode realizar por uma ninharia. Os serviços de hospedagem oferecem decodificação, infra-estrutura, serviços de busca e mais, deixando o produtor se preocupar apenas com o conteúdo. A customização das marcas tem possibilitado a instituições ter sua própria presença dentro destas redes e deve incendiar um crescimento rápido entre organizações focadas no aprendizado que querem que seu conteúdo esteja onde os espectadores estão.


Web colaborativa.

A colaboração não mais exige equipamentos caros e nem muita especialização. As novas ferramentas para o trabalho colaborativo são menores, flexíveis e grátis e não requerem instalação. Basta abrir os navegadores para editar documentos em grupo, tomar parte em encontros online, trocar dados e informações e colaborar de inúmeras formas, sem sair da cadeira. As interfaces de programação aberta permitem aos usuários ajustar as ferramentas às suas necessidades e então partilhá-las.


Banda larga móvel.

A cada ano, mais de um bilhão de novos aparelhos móveis são fabricados, o que significa um telefone para cada seis habitantes do planeta. Neste mercado, inovação está ocorrendo num ritmo sem precedentes. As capacidades estão aumentando rapidamente e os preços estão se tornando mais acessíveis. De fato, os celulares estão se tornando rapidamente a plataforma mais acessível por estarem em rede e em movimento.
Novos mostradores e interfaces tornam possível acessar por meio deles praticamente qualquer conteúdo na Internet - conteúdo que pode ser entregue tanto por uma rede de telefonia de banda larga, como por uma rede local sem fio.


Junção de dados ("data mashups").

Aplicações customizadas onde combinações de dados de diferentes fontes são congregadas em uma única ferramenta - oferecem novas formas de olhar e interagir com coleções de dados. A disponibilidade de grandes quantidades de dados (desde padrões de busca ou ofertas de imóveis ou tags de imagens do Flickr) estão convergindo com o desenvolvimento das interfaces de programação abertas para redes sociais, mapeamentos e outras ferramentas. Em contrapartida, isto está abrindo as portas para centenas de junções de dados que irão transformar a maneira como entendemos e representamos as informações. Inteligência coletiva. O tipo de conhecimento e entendimento que brota de grandes grupos de pessoas é a inteligência coletiva. Nos próximos anos, veremos aplicações educativas tanto para inteligência coletiva explícita - evidenciada em projetos como a Wikipedia e as tags de comunidades -, como para inteligência coletiva implícita, ou agrupamentos de dados das atividades repetidas por muita gente, incluindo os padrões de buscas, as localizações de celulares, fotografias digitais geocodificadas e outros dados obtidos passivamente. As junções de dados irão trabalhar sobre essas informações para expandir nosso entendimento sobre nós mesmos e sobre o mundo mediado pela tecnologia em que vivemos.


Sistemas operacionais sociais.

O ingrediente essencial da próxima geração de redes sociais serão os sistemas operacionais sociais que serão a base da organização das redes em torno de pessoas, mais do que de conteúdos. Esta simples mudança conceitual promete profundas implicações para o mundo acadêmico e para todas as maneiras como concebemos conhecimento e aprendizagem. Os sistemas operacionais sociais darão suporte a novas categorias de aplicações que tecem conexões implícitas e pistas que deixamos em todos os lugares, enquanto seguimos com nossas vidas e as usamos para organizar nosso trabalho e nosso pensamento em torno das pessoas que conhecemos.


A íntegra do estudo está em www.nmc.org/pdf/2008-Horizon-Report.pdf (em inglês).

quarta-feira, 16 de abril de 2008

BG Interativa - valorizando o planejamento.

Na tarde de hoje, 16 de abril, tive a oportunidade de conhecer os profissionais que estão à frente da BG Interativa: Fernando Cruz, gerente de projetos; Henrique Vieira, diretor administrativo, e Araken Leão, diretor geral.
De forma sistemática e objetiva, estes profissionais mostraram que a BG, agência digital do Grupo Total, norteia-se por uma filosofia de valorização do planejamento, investindo pesado em informação e pesquisa, sempre antenada nas novidades e vanguardismos da web, antecipando-se no agitado processo da dinâmica da comunicação online.
Valeu BG, sucesso!
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sexta-feira, 11 de abril de 2008

Café com chocolate digital...

... e meu grande abraço ao amigo Maurício, planner da Capuccino, agência web.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Ricardo Gioia, mais um grande profissional entre nós.

Tenho o prazer de apresentar aqui no Reatorama, o mais novo integrante de nosso network, RICARDO M. GIOIA.
Há quase dez anos Ricardo é professor universitário nas áreas de marketing empreendedorismo e estratégia, coordenou a pós-graduação da Faculdade São Luiz em 2005 e 2006, e atualmente coordena a pós em Administração e Comércio Exterior da Campos Salles.
Com experiência internacional, tem cursos realizados nos EUA e tem atuação profissional internacional pela IBM no México, Colômbia e Venezuela.
Consultor empresarial há sete anos, atualmente atende ao mercado de alimentação e restaurantes.
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São de sua autoria as seguintes publicações:
Fundamentos de Marketing: Conceitos Básicos. São Paulo: Saraiva, 2006.·
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Decisões de Marketing: Os 4 P´s. São Paulo: Saraiva, 2006.·
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Marketing Aplicado: O Planejamento de Marketing. São Paulo: Saraiva, 2006.·
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Marketing: Perspectivas e Tendências. São Paulo: Saraiva, 2006.
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Seja bem-vindo Ricardo. Aguardamos suas contribuições a serem publicadas aqui no Reatorama.
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Reatorama & cultura - cinema: O BANHEIRO DO PAPA.

Uma história de ficção, mas baseada em fatos verídicos.
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Melo é uma pequena cidade uruguaia na fronteira com o Brasil, cuja população vive em alto grau de pobreza. Os poucos habitantes de situação remediada dedicam-se ao limitado comércio local com seus toscos botequins e vendinhas, mas a maioria dos cidadãos só possui uma única forma de ganhar um parco dinheirinho, que é integrar-se a um precário sistema de contrabando que abastece o pobre comércio local com artigos adquiridos em território brasileiro.
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Rudes, incultos e mal-ajambrados mas com um sentimento muito grande de amor e respeito aos familiares e amigos, os homens de Melo percorrem diariamente no mínimo 120 quilômetros de bicicleta, trazendo na garupa algumas poucas encomendas para os comerciantes locais.
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Como se não bastasse a labuta, o transporte precário e a penúria, eles ainda têm de enfrentar a corrupção dos serviços alfandegários que os obriga a fazer desvios por longos trajetos em terreno pantanoso para se livrar da fiscalização da guarda de fronteiras, bem como sofrem assédio moral e coação por parte de Meleyo, um corrupto funcionário público odiado por toda a comunidade de Melo, o qual persegue desafetos (geralmente aqueles que entraram e decidiram sair de seu esquema particular dada a excessiva exploração), destruindo-lhes a carga quando pegos ou ainda cobrando propinas, divertindo-se sadicamente em humilhá-los em público com xingamentos (especialmente aqueles que denigrem a moral das mulheres de suas famílias), e em tomar os produtos mais refinados que estão transportando, tudo sem que ninguém possa intervir, já que ele é a maior autoridade local no que diz respeito ao fisco.
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Um desses coitados que sobrevivem do precário contrabando é Beto, que sempre coloca a cabeça para funcionar na ânsia de encontrar uma saída para a situação. Sua filha adolescente sonha em ser jornalista e sua esposa trabalha arduamente como lavadeira-passadeira para juntar migalhas de dinheiro com o qual pretende custear os estudos da filha.
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No ano de 1998 é anunciado que o Papa João Paulo II, em visita à América Latina terá uma passagem de algumas horas em Melo, onde fará um discurso de saudação para o povo uruguaio.
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A mídia sensasionalista e os políticos começam então a explorar o fato supervalorizando-o, apresentando à população meras suposições ou mesmo inverdades na exagerada tônica de que a visita do Papa seria um marco na história uruguaia e o pontapé inicial de uma época de desenvolvimento e fartura - um absurdo.
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O povo de Melo, esperançoso e sensível a estas falsas promessas juntam suas parcas economias ou mesmo se endividam para investir no evento, montando barracas de lanches, lingüiças, lembrancinhas, bandeirolas e todo tipo de bugiganga que pudesse ser comercializada junto à multidão esperada, a qual o governo e a mídia calculavam que seria entre 30 e 50 mil pessoas – obviamente superestimada.
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É aí que Beto tem uma brilhante idéia – todos estavam preocupados em oferecer à multidão o atendimento às necessidades básicas (especialmente a alimentação), mas ninguém havia tido a idéia de oferecer outro serviço essencial que seria tão escasso quanto necessário durante o evento: o acesso a sanitários.
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Eis então a questão central do filme: os esforços e as desventuras do pobre homem simples Beto, que volta todas as suas energias materiais e psíquicas para a realização do seu projeto, a construção de um pequeno banheiro público por cujo uso cobraria.
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Beto tinha a mesma esperança de todos, que apostavam no retorno supermultiplicado dos seus investimentos que apesar de modestos, representavam uma situação de "é tudo ou nada", dada a carência extrema da comunidade local.
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As falsas informações veiculadas pela mídia sensacionalista e manipuladora e o discurso politiqueiro do governo uruguaio inculcaram nos desvalidos cidadãos de Melo a falsa impressão de que o retorno do investimento seria garantido, e que Melo seria uma nova cidade depois daquele dia, se não rica, pelo menos a qualidade de vida seria mais elevada e não mais dependeriam daquele precário sistema de contrabando.
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Repleto das trapalhadas hilárias de Beto, mas sem deixar de lado o tom sério de denúncia da penúria e da falta de ética dos políticos e dos meios de comunicação, assim transcorre a trama de “O Banheiro do Papa”, cujo desfecho é carregado da mesma ambigüidade comédia–drama que aparece ao longo deste filme que, é claro, está longe de ser uma superprodução, mas não deixa de entreter com qualidade.
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Título Original: El Baño del Papa
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 97 minutos
Ano de Lançamento (Brasil / Uruguai / França): 2007
Estúdio: O2 Filmes / Laroux Cine / Chaya Films
Direção: César Charlone e Enrique Fernández
Roteiro: César Charlone e Enrique Fernández
Produção: Elena Roux
Música: Luciano Supervielle e Gabriel Casacuberta
Fotografia: César Charlone
Direção de Arte: Ines Olmedo
Figurino: Alejandra Rosasco
Edição: Gustavo Giani

Elenco: César Trancoso (Beto), Virginia Mendez (Carmen), Virginia Ruiz (Sílvia), Mario Silva (Valvulina), Henry de Leon (Nacente), Jose Arce (Tica), Nelson Lence (Meleyo), Rosario dos Santos (Teresa), Alex Silva (Gordo Luna), Baltasar Burgos (Capitão Alvarez), Carlos Lerena (Soldado).

terça-feira, 1 de abril de 2008

MUITO ANTES DO AUSTRALOPITECUS.


Uma boa ação de comunicação mercadológica pode ser identificada pela força de seu recall. Elas são como os dinossauros: mesmo tendo desaparecido há milhões e milhões de anos, ainda são recordados e vendem bastante - basta verificar o sem-número de produtos do tema que andam faturando por aí. Se eu falasse da série Jurassic Park de Spielberg, estaria dando um exemplo que até a minha avó daria. Basta ver o número de brinquedos, réplicas, miniaturas e publicações facilmente encontradas em qualquer shopping. E seus tataranetos dão ibope até hoje, como nosso amiguinho iguana aí ao lado, fotografado no zôo de São Bernardo do Campo-SP no último final de semana.

Voltando ao marketing, basta observar os exemplos jurássicos de produtos que ainda mantêm rótulos criados em décadas passadas. Por exemplo, o Biotônico Fontoura, a pomada Minâncora, o Creme Rugol, o Óleo de Fígado de Bacalhau Scott, o bombom Sonho de Valsa e... impossível não citar o mito da Coca-Cola, entre diversos outros.

Campanhas então... mesmo fora da mídia de massa há anos, o bordão "uóóótimo" da Rede Zacharias de Pneus ainda é bem lembrado. Os jingles da Varig dos anos 70. Groselha Vitaminada Milani, Yahoooo! 51? Boa Idéia! - os exemplos são intermináveis.

O fato de termos tantos cases de sucesso nesta linha comprova a qualidade dos comunicadores brasileiros, internacionalmente reconhecida.

Assim, podemos inferir que os bons planejadores são fundamentais no desenvolvimento de cases de sucesso em comunicação justamente porque são parceiros indispensáveis dos criativos na busca do insigth gerador das boas idéias.

Certa vez ouvi um grande publicitário dizer que a religião cristã é a que mais se difundiu pela superfície do planeta, entre outros motivos, por causa de sua logomarca simples, de fácil memorização, consistente em conceito e meramente inconfundível - a cruz.

Diante destes inusitados cases, cabe a nós, comunicadores de uma cultura em transição da civilização industrial para a civilização da informação digital pensar o quanto é importante relembrar e mesmo agir como os dinossauros.


Douglas Gregorio::

GENTE NOVA!

Quero deixar aqui minhas saudações aos profissionais que recentemente entraram para o network do Reatorama, e/ou o de seu editor: Paulo Voltolino da Tríade; Thaya da LoveBrand; Rudá e Raphael da The Group; Jota, da A1; Ana Cester da Tribal; Emille da GF3; Camila Massari da JWT; os planejadores Marcos Madeira e Luciana Barros.